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15 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). A Rússia alertou a Otan na sexta-feira para o fato de que o escândalo internacional sobre as armas feitas com urânio empobrecido estava apenas começando, e disse que especialistas internacionais deveriam se encontrar para discutir a questão.
O ministro da Defesa, Igor Sergeyev, disse que o uso das armas de urânio empobrecido pela aliança ocidental na Guerra do Golfo Pérsico em 1991 foi ainda mais prejudicial do que nas campanhas posteriores nos Bálcãs. O uso do urânio nos Bálcãs vem gerando apreensão entre soldados das tropas de paz que serviram na região.
"Vamos fazer uma proposta para o presidente russo para que realize uma conferência internacional de especialistas sobre o problema na OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa) ou na ONU", disse Sergeyev à agência de notícias Interfax.
Ele disse que a conferência vai permitir que especialistas "definam objetivamente o grau de risco que o uso dessas armas apresenta para a vida humana. Esta questão está apenas começando."
Sergeyev repetiu que a Rússia vem advertindo o Ocidente há muito tempo sobre os riscos dessas armas, usadas pelo Otan em Kosovo em 1999 contra blindados iugoslavos. A Rússia se opôs firmemente à campanha, lançada em resposta ao ataque da Iugoslávia contra kosovares de origem albanesa.
A Otan afirma insistentemente que não há ligação entre o uso de armas de urânio e a incidência de câncer, mas sete casos de mortes por leucemia em soldados italianos e doenças em militares da França, Portugal, Espanha, Holanda e Bélgica estão gerando divisões na aliança.
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