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Belo Horizonte, 09 de Julho de 2001 (eHealthLA). Existem cerca de 40 milhões de cegos no mundo. Os médicos acreditam que mais de dois terços desses casos poderiam ser evitados. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, pelo menos 30% das crianças têm baixa acuidade visual e 40% dos idosos
também enxergam mal.
A maior parte das doenças que atacam a visão pode ser
prevenida e tratada, mas para isso é necessário que
seja detectada a tempo. "O exame oftalmológico e a
educação são fundamentais para garantir a saúde
visual. Muitos dos problemas de visão levam as
crianças à repetência escolar e os adultos a perderem
sua capacidade de trabalho", avalia o presidente do
Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Dr. Marcos Ávila.
Entre os distúrbios de visão mais comuns está a
miopia, dificuldade de enxergar objetos a longa
distância. Calcula-se que existam 16 milhões de
míopes no Brasil.
Outras doenças, se não identificadas precocemente,
podem levar à cegueira. A catarata senil, por exemplo,
tem maior incidência em pessoas acima de 65 anos e
atinge mais de 50% dessa população. É possível, no
entanto, reverter a perda visual, quando não se tem
outras doenças associadas, através de uma cirurgia.
A degeneração macular senil também tem sido alvo da
atenção dos oftalmologistas. Essa doença — que já é
considerada a maior causa de perda da visão entre as
pessoas de mais de 65 anos no Ocidente —
caracteriza-se pelo aparecimento de manchas na retina,
iguais às que surgem no dorso das mãos das pessoas
idosas.
Já o glaucoma é causado por diversos fatores. Entre
eles, a elevação da pressão ocular. A doença costuma
ocorrer de forma assintomática e apenas o exame
oftalmológico periódico e cuidadoso permite seu
diagnóstico. O tratamento precoce é, em geral, eficaz
para prevenir a cegueira.
“Uma grande parcela da população brasileira desconhece
os cuidados preventivos básicos em oftalmologia. A
procura pelo especialista só acontece tardiamente,
por volta dos 40 anos de idade, quando surgem os
primeiros sinais de vista cansada”, diz Marcos Ávila.
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