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Belo Horizonte, 04 de Setembro de 2001 (Bibliomed). A Secretaria Municipal de Saúde de Maceió pretende erradicar a filariose linfática até 2005. A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) desenvolveram, há seis anos, um programa de controle da doença.
A filariose linfática é uma doença endêmica, causada por um parasita que provoca obstruções nos vasos sangüíneos. Uma das conseqüências mais comuns é a elefantíase, que provoca grande inchaço, sobretudo dos membros inferiores.
A transmissão da filariose linfática se dá pela picada do mosquito culicídeo, de nome científico Culex quinquefasciatus. Chamado de muriçoca, o inseto tem como habitat locais com acúmulo de água e detritos orgânicos, com baixos níveis de saneamento e higiene.
Entre as atividades desenvolvidas em Maceió contra a enfermidade estão o chamado inquérito hemoscópico (coleta de sangue para exames laboratoriais que indiquem a doença), tratamento dos casos positivos, monitoramento e controle vetorial (do mosquito transmissor) e ações educativas junto à comunidade.
A conscientização da população é fundamental e, para isso, estão sendo desenvolvidas palestras nas escolas. Técnicos prestam esclarecimentos nas regiões com infra-estrutura básica precária e matérias são veiculadas nos meios de comunicação.
Também estão sendo realizadas obras de esgotamento sanitário, com implementação de rede coletora e estação de tratamento, além de melhorias sanitárias domiciliares (banheiro, vaso sanitário, caixas de descarga e água, lavanderia, etc.).
Até o momento, têm sido investigados e acompanhados todos os moradores que vivem em áreas com registro de casos. O resultado das ações é uma redução acentuada da prevalência de pessoas infectadas pelo parasita (5,8% em 1995 para 0,59% em 2001).
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