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Belo Horizonte, 04 de Outubro de 2001 (Bibliomed). As chupetas, mesmo as chamadas “ortodônticas”, fazem mal e devem ser evitadas. A conclusão é da odontopediatra Cristina Zardetto, que defendeu dissertação de mestrado sobre o impacto do uso de chupetas na saúde bucal de crianças, na Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP).
Durante a pesquisa, 61 crianças, entre três e cinco anos, foram avaliadas. As crianças que tinham o hábito de sucção de chupeta apresentaram alterações nos arcos dentais e na musculatura facial. "O ideal é que as mães nunca dêem a chupeta para os filhos", alerta a dentista.
Quando o hábito torna-se inevitável, valem alguns cuidados que podem minimizar o efeito maléfico das chupetas:
- Não oferecer a chupeta à criança;
- Retirá-la da boca do filho assim que ele adormecer;
- Não permitir que a criança passe todo o dia com a chupeta na boca;
- Amamentar o bebê pelo menos até os quatro meses de idade.
Segundo Zardetto, a participação da mãe é importantíssima, especialmente durante a amamentação.
A pesquisa mostrou que o grupo de crianças com menor incidência do uso de chupeta foi o composto por bebês amamentados exclusivamente no peito da mãe, por um período entre quatro e seis meses. Justamente o tempo recomendado por especialistas.
O estudo revelou ainda que bebês amamentados no peito apenas no primeiro mês e, ao contrário, aqueles que mamaram no peito por mais de 12 meses tinham maior propensão a usar a chupeta. É falsa a idéia de que a amamentação prolongada pode impedir que as crianças usem chupetas, adverte.
As crianças que fazem uso das chupetas devem abandoná-la até os três anos. Até essa idade, alguns dos efeitos negativos tendem a regredir, como a mordida aberta inferior, explica a odontopediatra. Depois dos três anos, porém, os prejuízos são cada vez maiores. “O hábito de chupar chupeta pode comprometer a deglutição e a respiração”, explica.
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