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06 de abril de 2011 (Bibliomed). Pesquisa norte-americana sugere que o crescimento da taxa de desemprego aumenta em 63% o risco de mortalidade prematura entre homens. Eran Shor, professor e sociólogo da Stony Brook University, chegou a essas conclusões após revisar pesquisas realizadas ao logo de 40 anos com mais de 20 milhões de pessoas em 15 países.
Um dado curioso levantado pela pesquisa de Shor é o de que, independente dos programas para redução da mortalidade dos sistemas de saúde, a correlação entre desemprego e um maior risco de morte foi a mesma em todos os países abrangidos pelo estudo.
Segundo o pesquisador, até agora, uma das grandes questões na literatura tem sido sobre se as condições de saúde pré-existentes, como diabetes ou problemas cardíacos, ou comportamentos, como beber, fumar ou usar drogas, podem levar tanto ao desemprego quanto a um maior risco de morte.
"O que é interessante em nosso trabalho é que descobrimos que as condições de saúde preexistentes não tiveram qualquer efeito, sugerindo que a relação da mortalidade e desemprego é provavelmente bastante causal. Isso provavelmente tem a ver com o estresse que o desemprego causa e o status socioeconômico negativo que gera, que leva a uma pior saúde e maiores taxas de mortalidade”, diz Shor.
A pesquisa mostrou também que a taxa de mortalidade relacionada a desemprego é maior entre os homens (78%) do que entre as mulheres (37%). Segundo os resultados encontrados por Shor, o risco de mortalidade é maior para pessoas com idade média de 50 anos.
"Nós suspeitamos que, até hoje, não ter um emprego é mais estressante para os homens do que para as mulheres. Quando um homem perde o emprego, ainda hoje significa, muitas vezes, que a família se tornará mais pobre e sofrer de várias formas, que por sua vez pode ter um impacto enorme na saúde do homem, levando-os a fumar, beber ou comer e reduzindo a disponibilidade de uma alimentação saudável e serviços de saúde", completa o pesquisador.
Fonte: EurekAlert, 04 de abril de 2011
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