Os jovens estão iniciando sua vida sexual cada vez mais cedo, e, com isso, mais adolescentes fazem uso de anticoncepcionais. Contudo, pouco se sabe sobre os efeitos dos contraceptivos hormonais no desenvolvimento cerebral e corporal dessas meninas.
Assim como todo medicamento, as pílulas anticoncepcionais passaram por estudos e testes para atestar sua eficácia e segurança. Contudo, esses foram realizados com mulheres adultas, que são biologicamente diferentes das adolescentes.
Os ossos e o cérebro de uma mulher alcançam a maturidade apenas depois que ela completa 20 anos. Dessa forma, se uma droga for dada a uma menina aos 12 anos de idade, ela pode alterar o desenvolvimento desses órgãos.
De acordo com especialistas, são pouco os estudos que envolvem a alteração do equilíbrio do estrogênio e da progesterona durante a adolescência e os efeitos disso a longo prazo. Além disso, argumentam sobre a dificuldade de encontrar adolescentes para os estudos, uma vez que a sociedade ainda considera esses como um incentivo à iniciação sexual precoce.
Fonte: New Scientist, 25 de julho de 2016