Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Rush, em Chicago, nos Estados Unidos, mostrou as alergias alimentares variam conforme a etnia da criança, sendo que as negras e hispânicas são mais propensas a desenvolver alergias a milho, marisco e peixe quando comparadas a crianças brancas.
O estudo envolveu 817 crianças diagnosticadas com alergias alimentares desde o nascimento até os 18 anos, e descobriu que raça e etnia são fatores importantes na forma como as crianças são afetadas por alergias alimentares. Em comparação com crianças brancas, as crianças negras têm taxas mais elevadas de asma, eczema e alergias ao trigo e à soja.
O amendoim foi o alérgeno alimentar mais comum entre os três grupos raciais. A única alergia alimentar mais comum entre as crianças brancas do que entre as crianças negras e hispânicas foi de nozes, que incluem amêndoas, castanhas do Brasil/Pará, caju e pecans.
Crianças negras e hispânicas tiveram taxas significativamente mais elevadas de anafilaxia (reações graves) induzida pelos alimentos. Além disso, crianças negras e hispânicas tinham maior probabilidade de dar entrada em hospitais de pronto-atendimento para tratamento de alergia alimentar.
O estudo foi publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology e os pesquisadores ressaltam a necessidade de mais estudos para identificar alergia alimentar e sensibilidades alimentares entre todas as raças e etnias a fim de desenvolver programas educacionais para melhorar o tratamento e prevenção de alergia alimentar em todas as crianças.
Fonte: Journal of Allergy and Clinical Immunology, 21 de novembro de 2016