Um medicamento específico para a asma pode estar associado a um maior risco de autismo se utilizado durante a gravidez, diz estudo da Universidade de Drexel, nos Estados Unidos.
De acordo com os pesquisadores, drogas ß-2-andrenergic receptor agonist, as B2ARs, utilizadas para relaxar os brônquios, pode atravessar a placenta e chegar ao feto, causando efeitos desconhecidos no cérebro da criança.
Publicado na revista Pediatrics, o estudo envolveu a revisão dos registros de saúde da população da Dinamarca para crianças nascidas entre 1997 e 2006, identificando 5.200 casos de transtorno de espectro de autismo e 52.000 controles sem autismo.
Das crianças diagnosticadas com autismo, 3,7% tinham mais que utilizaram drogas para asma durante a gestação, percentual que caiu para 2,9% entre os controles. Não houve diferenças no efeito do B2ARs quanto ao tempo de gestação (primeiro, segundo ou terceiro trimestre), sendo o risco maior em qualquer ponto da gravidez.
Os pesquisadores relatam que a asma não controlada representa risco para a mãe e o feto, e que menos de 1% dos diagnósticos de autismo na Dinamarca podem ser atribuídos aos medicamentos para a asma. Contudo, eles ressaltam que é preciso ter cuidado no uso e a necessidade de mais estudos sobre o assunto.
Fonte: UPI, 26 de janeiro de 2016