A longo prazo, ficar exposto à poluição atmosférica, mesmo que em níveis baixos, pode levar a danos cerebrais que precedem a outras desordens neurológicas associadas com a idade avançada.
Realizado na Escola de Saúde Pública de Harvard, o estudo testou os efeitos da exposição a longo prazo a 2,5 micro partículas MP (partículas finas encontradas no ar, como poeira, sujeira, fuligem e fumaça, me medem menos de 2,5 micrometros de diâmetro). Entre 1995 e 2005, eles usaram imagens de ressonância magnética (MRI) para analisar a saúde do cérebro de mais de 900 adultos saudáveis com idade superior a 60 anos em Boston e Nova York.
Eles descobriram que um aumento de MP variando de 2 a 2,5 microgramas por metro cúbico de ar, um nível comum nas áreas metropolitanas, foi associada a uma redução de 0,32% do volume total do cérebro e 46% de um aumento do risco de enfartes cerebrais secretos, um tipo de acidente vascular cerebral “silencioso”, que muitas vezes não apresenta sintomas externos, mas aumenta o risco de acidentes vasculares cerebrais futuras.
A Organização Mundial de Saúde estima em torno de sete milhões de pessoas morreram em 2012 devido à poluição do ar; cerca de 40% dessas mortes foram ligadas a acidente vascular cerebral.
Fonte: UPI, 25 de abril de 2015