O vírus Zika tem sido assunto no Brasil devido à sua relação com a microcefalia. Menos comentada, a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) também mostrou uma relação com o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti (o mesmo que transmite a dengue e a chikungunha).
A Síndrome de Guillain-Barré é uma reação autoimune do corpo que pode se manifestar em diferentes graus, que variam desde fraqueza muscular leve até paralisia total dos quatro membros, em casos mais raros.
Cerca de dois terços da SGB são precedidos por gripe e diarreia, e os sintomas da doença aparecem em até quatro semanas após os primeiros sinais. Inicialmente, o paciente apresenta alterações na sensibilidade, formigamentos e fraqueza.
Aproximadamente metade dos pacientes se recupera totalmente em até seis meses após os primeiros sintomas da SGB, e cerca de 30% ficam com alguma sequela leve, como sensibilidade nos membros ou pequenas dificuldades motoras. Estima-se que 20% dos pacientes têm consequências graves, como dificuldades motoras sérias e fraqueza nas pernas, e em 5% dos casos, o sistema respiratório pode ser atingido e o paciente morrer.
Além do Zika vírus, a SGB pode ser transmitida por Citomegalovírus, Epstein-Barr, HIV e o vírus da dengue.
Fonte: Diário da Saúde, 29 de fevereiro de 2016
Excelente artigo, dentre todos que li sobre o assunto, este, na minha opinião, é o melhor.